A Paraíba passou por esta terça-feira (22), Dia Mundial da Água, sem muitos motivos para comemorar. Dos 124 açudes e reservatórios monitorados pela Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), 27 estão completamente secos e outros 30 em estado crítico, com menos de 5% da capacidade. Segundo a Aesa, se os níveis atuais e capacidades de todos os açudes do Estado fossem somados, a Paraíba teria em média apenas 14% do volume de armazenamento de água para consumir.
Segundo a Companhia de Águas e Esgotos do Estado da Paraíba (Cagepa), por conta da situação dos reservatórios, dos 223 municípios paraibanos, 97 estão em racionamento e, entre estes, 27 em colapso total, sendo abastecidos por carros-pipa e poços artesianos.
O gerente regional da Cagepa Borborema, Ronaldo Menezes, disse que os tipos de racionamento que estão ocorrendo nas cidades do Estado são avaliados de maneira isolada.
A situação é mais delicada nas cidades das regiões do Agreste, Cariri e Sertão paraibano. Segundo o gerente da Aesa, Alexandre Magno, o problema ocorre pela falta de chuvas e o aumento no consumo da população. “Tivemos três anos de estiagem, sem recargas significativas nos reservatórios. Esse problema de escassez ocorre não só pela estiagem, mas pela demanda das cidades. O estado não vivia uma situação parecida, desde os anos 1998 e 1999, quando houve a maior seca dos últimos 100 anos”, disse ele.