Investigadores da Polícia Judiciária Civil de Lucas do Rio Verde cumpriram no final da tarde de sexta-feira (04) mandando de prisão em desfavor de uma mulher, membro do Conselho Municipal de Saúde de Lucas do Rio Verde. A investigada, que já foi presidente do referido conselho, teria, de acordo com o delegado Rafael Scatolon, cometido o crime de supressão de documento público.
A mulher teria se negado a devolver atas de reuniões do Conselho Municipal de Saúde ao atual presidente Victor Stefanello, após os documentos serem entregues a ela para assinar. Depois de inúmeras tentativas de requerer novamente os documentos, o presidente procurou a delegacia e confeccionou um boletim de ocorrência.
Diante do fato, o delegado Rafael Scatolon protocolou o auto de prisão em flagrante em desfavor da investigada junto ao juiz criminal, que prontamente emitiu ordem judicial, que foi cumprida por investigadores.
“Ela foi presa em flagrante, pois trata-se de um crime previsto no código penal brasileiro, artigo 305, que é a supressão de documento público. Ela reteve esses documentos por vários dias e protelou a sua restituição a quem de direito, onde foi conduzida a esta delegacia de polícia e autuada em flagrante como qualquer outra pessoa”, disse Scatolon.
A investigada permaneceu detida em uma cela na unidade policial até o último sábado (05). “Não coube fiança arbitrada pela autoridade policial. Nós protocolamos o auto de prisão em flagrante perante o juiz plantonista que homologou o auto de prisão em flagrante. Isto quer dizer que o auto de prisão em flagrante lavrado pelo delegado de polícia atende a todas as exigências legais, então considerando em que o auto de prisão em flagrante foi confeccionado de forma legal e perfeita, o juiz concedeu liberdade provisória à presa, mediante o pagamento de dois salários mínimos (R$1.760), e ela aguardará o processo criminal em liberdade”, explicou o delegado.
Na sessão solene da última segunda-feira, dia 08, realizada na Câmara Municipal para homenagear as mulheres, a vereadora Cleuza de Marco (PT) se manifestou sobre o assunto na Tribuna, afirmando que a mencionada conselheira detida sofreu punições legais severas e injustas em virtude de sua conduta fiscalizatória.
“Quero deixar uma nota de repúdio, pois essa mulher foi presa por conta do trabalho que faz no controle social. Nós precisamos de mais democracia, mais transparência, mais debate e menos truculência, pois não tinha necessidade de prisão, eu acredito que não havia necessidade com as coisas que foram colocadas e é muito triste você ver que uma mulher que batalha que tem uma referência na sociedade acaba sendo presa de uma forma muito desumana. Esta mulher trabalha apenas para mais transparência no conselho municipal de saúde” disse a vereadora.
A redação tentou contato com a ex-presidente do conselho que por telefone disse que retornaria a ligação após pensar no que iria falar, mas até o fechamento dessa reportagem, não retornou. Tentamos contato novamente, porem ela não atendeu mais nossas ligações.
Fonte:http://www.mtnoticias.net/