Uma estudante de 14 anos foi vítima de bullying por parte de um professor dentro de uma sala de aula, em Sinop, a 503 km de Cuiabá. A estudante, que não quis se identificar, conta que o caso ocorreu no início do ano e ela precisou procurar a coordenação da escola para dar fim às provocações.
Considera-se bullying a prática de atos de violência física ou psicológica, de modo
intencional e repetitivo, exercida por uma pessoa ou grupos, contra uma ou mais pessoas com o objetivo de constranger, intimidar, agredir, causar dor, angústia ou humilhação à vítima.
No caso da estudante, que cursa o 1º ano do ensino médio, os comentários dos colegas de sala e do próprio professor eram sempre a respeito do seu peso. Segundo ela, o professor a chamava de “gordinha” dentro da sala de aula, o que acabou virando um trauma a ponto de a adolescente não mais querer frequentar as aulas.
“Eu me senti muito chateada, deprimida. Não queria mais ir para as aulas dele porque eu me sentia constrangida diante de todos da sala de aula pelas brincadeiras de duplo sentido [que ele fazia]. Chegou um ponto em que eu não aguentei mais e fui falar com a coordenação [da escola]”, relatou.
Mas vítimas de bullying nas escolas é algo mais comum do que se imagina. Segundo os professores, normalmente a prática ocorre nas escolas entre alunos de oito a 15 anos de idade. De acordo com a psicóloga Quetti Nunes, os autores das brincadeiras ofensivas não agem sozinhos.
“O bullying é quando a brincadeira passa a ser algo que eu não faço sozinha. Eu chamo um grupo e coloco aquilo [apelido] como algo que vai denigrir a sua imagem”, afirmou.
Lei federal
Desde janeiro deste ano, entrou em vigor uma lei federal que obriga todas as escolas – seja da rede pública ou particular – a discutirem o bullying dentro das salas de aula. A abordagem, conforme a lei, pode ser feita por meio palestra, teatro ou danças.
Fonte:http://g1.globo.com/