Um casal foi preso em flagrante na quarta-feira (30) em Jangada, a 82 km de Cuiabá, por aliciar adolescentes para prostituição em pontos da rodovia BR-163, em Mato Grosso. De acordo com a Polícia Civil, o homem, de 84 anos, e a mulher dele, de 54 anos, eram donos de bares que funcionavam como casas de prostituição. Durante a ação da polícia, seis pessoas foram encontradas nos estabelecimentos. Entre elas, duas meninas de 15 e 17 anos.
Segundo o delegado Guilherme Berto Nascimento Fachinelle, responsável pela ação, o casal era investigado há um mês por força de denúncias anônimas segundo as quais crianças estavam sendo exploradas sexualmente na beira da estrada.
“Havia uma cobrança muito grande do Conselho Tutelar em relação a esses locais. Pelo grande movimento de caminhões e motoristas, é um local propício para a prostituição”, disse Fachinelle.
Conforme as investigações, a mulher de 54 anos presa nesta quarta-feira era a principal responsável pelo esquema de aliciamento de menores. Segundo Fachinelle, com contatos em Cuiabá e Várzea Grande (região metropolitana da capital), ela conseguia convencer as adolescentes a se prostituírem.
Após serem convencidas, as adolescentes deixavam a Grande Cuiabá e eram levadas de táxi para Jangada. De acordo com o delegado, as menores já entravam na casa de prostituição devendo o valor da corrida até aquela cidade, em torno de R$ 30,00.
Ao todo, nove pessoas foram encontradas no estabelecimento durante a ação policial. Entre elas, as duas adolescentes e um travesti, que também fazia programas sexuais.
Além da viagem até o local da prostituição, as menores tinham que pagar uma diária de R$ 30,00 pelo quarto utilizado. Elas eram remuneradas por comissão a cada dose de bebida que o cliente consumia no bar do casal.
Os estabelecimentos foram fechados e o casal preso. O homem foi encaminhado à Cadeia Pública de Rosário Oeste e a mulher aguarda vaga em um presídio feminino. Os dois foram autuados pelos crimes de favorecimento a prostituição e exploração de menores. Já as adolescentes foram encaminhadas para o Conselho Tutelar.
Fonte:http://g1.globo.com/