Um total de 1.767 cédulas falsas já foram recolhidas pelo Banco Central em Mato Grosso, neste ano. No ano passado, foram recolhidas 4.693 notas, mesmo com as mudanças para dificultar a falsificação, como a alteração nos modelos das cédulas, que começou em 2010. Cada uma tem um tamanho diferente, sem contar os novos mecanismos de segurança, nas marcas d'água, na faixa olográfica, por exemplo. A maioria delas é de R$ 50.
Para evitar receber notas falsas, o comerciante João Batista, além de analisar bem a nota, ainda usa uma canetinha, que identifica quando a nota é falsa. Nas notas verdadeiras, não aparece nada e, nas falsas, o risco fica preto. Outra técnica é tentar furar a nota com a canetinha.
No Brasil, a quantidade de notas apreendidas tem se mantido estável, entre 400 mil e 500 mil cédulas por ano. As maiores vítimas dos salários e de quem repassa essas notas falsas são os pequenos comerciantes e taxistas, como o taxista José Paulo dos Santos.
Ele já é experiente no ramo. Trabalha há mais de 20 anos nessa função e não pensou duas para adotar meios para evitar receber notas falsas. A máquina de cartão ele já usa faz tempo. E, agora, com os aplicativos de celular para táxi, o cliente já entra no carro com a corrida paga.
A orientação do Banco Central é que quando alguém receber uma cédula preste atenção nos principais elementos de segurança: nas notas da Primeira Família verifique a marca-d'água, a imagem latente, o registro coincidente e o relevo.
Nas cédulas da Segunda Família do Real devem ser verificados a marca-d'água, o número escondido, a faixa holográfica (nas notas de R$ 50 e R$ 100) e o número que muda de cor (nas notas de R$ 10 e R$ 20), bem como o alto relevo.
O crime de falsificação está previsto no Artigo 289 do Código Penal, com pena prevista de 3 a 12 anos de prisão. Quem tentar colocar uma cédula falsa em circulação depois de tomar conhecimento de sua falsidade, mesmo que a tenha recebido de boa fé, pode ser condenado a uma pena de 6 meses a dois anos de detenção.
Fonte:http://g1.globo.com/