Conforme a legislação estadual, em maio o Governo deveria dar a reposição referente à inflação do ano anterior. Portanto, os salários precisariam ser acrescidos do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de janeiro a dezembro de 2015, que foi de 11,27%.
“A paralisação é inevitável e já está deliberada por todas as categorias para os dias 24 e 25 deste mês. Essa construção foi feita desde o dia 10, quando tivemos um ato na Praça das Bandeiras”, afirmou o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde (Sisma-MT), Oscarlino Alves.
“Estamos abertos ao diálogo, mas não veio até nos nenhuma proposta por parte do Governo. Por enquanto, o que a gente tem de resposta é a negativa do governador, que permanece sem negociação e sem proposta”, completou.
De antemão, Oscarlino Alves diz que já há um indicativo de greve de algumas categorias do funcionalismo público a partir do próximo dia 31.
“Estamos afunilando para um movimento de greve, por prazo indeterminado, das categorias, a partir do dia 31”, afirmou.
“Algumas áreas como a da saúde, por exemplo, área meio e desenvolvimento econômico social já estão com indicativo de greve para a partir de amanhã (24). Nós já votamos isso e já saímos dessa paralisação em greve. Sem trabalhar a partir de amanhã. E aí vamos parando aos poucos. A greve pode ser reversível, caso haja proposta do Governo. E aí iremos discutir com a base”, completou.
Contra o parcelamento
A presidente do Sindicato dos Servidores do Detran (Sinetran), Daiane Renner, afirmou que sua categoria é contra o parcelamento da RGA, proposta defendida por uma comissão de deputados estaduais e que está sendo analisada pelo Governo.
Acordada com o Fórum Sindical, entidade que representa o funcionalismo público, a posposta prevê o pagamento de 7,5% na folha salarial de maio e outros 3,75% em junho, com pagamento retroativo a maio.
“Nossa categoria vê que o parcelamento também é uma medida que fere a Constituição Federal. O que nós defendemos é o pagamento integral da RGA. O parcelamento começou a ser executado pelo Governo do Estado, no ano passado, mas também fere as garantias que o funcionalismo tem em relação à recomposição das perdas. Defendemos o pagamento integral, conforme a legislação determina” disse.
“Defendemos a construção dessa greve unificada e por tempo indeterminado e que está sendo aprovada na maioria das categorias, para a próxima semana. A maioria das categorias está caminhando por aí”, completou a presidente.