Um ano após iniciar uma pesquisa no município de São José do Rio Claro, a 325 km de Cuiabá, a Petrobras informou ter encaminhado para análise laboratorial amostras de uma mistura de óleos, graxas e fluídos utilizados durante a perfuração do poço e concluiu que não há petróleo em volumes comerciais naquela região.
A autorização para a perfuração foi dada para a estatal pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) em maio de 2015. Os trabalhos na região conhecida como Bacia dos Parecis começaram, entretanto, três meses depois e foi concluído em abril deste ano.
A expectativa de que uma reserva de petróleo tivesse sido descoberta na região aumentou após um vídeo viralizar na internet - veja aqui. No vídeo, um funcionário da Petrobras analisa um óleo escuro e afirma ser petróleo puro. Por meio de assessoria, a Petrobras confirmou que a pessoa que aparece nas imagens trabalha na Petrobras, mas contesta a existência de petróleo.
“A substância pastosa de cor preta que aparece no vídeo mencionado passou por análises de laboratório que mostraram ser uma mistura de óleos, graxas e fluídos utilizados no processo de perfuração do poço. Não caracteriza-se, portanto, descoberta de petróleo”, diz a estatal, em nota.
Ainda de acordo com a estatal, a formação geológica da Bacia dos Parecis é pouco pesquisada e, portanto, quase desconhecida. Por causa disso, a ANP tem conduzido estudos e pesquisas para aumentar o conhecimento acerca das características da região e o poço mencionado no vídeo faz parte dessa pesquisa.
Expectativa
O prefeito do município, Natanael Casavechia (PSB), afirma que a cidade aguarda uma posição oficial da ANP e da Petrobras sobre o estudo realizado na região. Segundo ele, a informação extraoficial repassada é de que realmente foi encontrado petróleo no local.
Sobre uma hipotética descoberta da substância, Casavechia disse que traria excelentes benefícios financeiros. “Se for confirmado, com certeza vai triplicar o orçamento do município. E não seria bom somente para a gente, seria excelente para toda a região”, argumentou.
O prefeito afirmou que, antes do início dos trabalhos, foi realizada uma audiência pública na cidade e, na ocasião, foi informado como seria o trabalho de perfuração no local, quanto tempo iria durar e os possíveis benefícios para a região, caso o bem fosse descoberto.
Fonte:http://g1.globo.com/mato-grosso