O governo de Mato Grosso ofereceu na manhã desta segunda-feira (30) proposta de pagamento aos servidores, de forma parcelada, de 5% dos 11,28% da recomposição salarial da inflação de 2015. A primeira parcela, de 2%, seria em setembro e os outros 3% em janeiro de 2017. Entretanto, em reunião realizada na sequência pelo Fórum Sindical, que representa 33 categorias, a proposta foi rejeitada e os sindicalistas fizeram uma contraproposta.
Na terça-feira (31) devem entrar em greve 28 categorias por causa do anúncio feito pelo governo, no dia 6 de maio, de que não iria pagar a Revisão Geral Anual por falta de dinheiro em caixa e por ter estourado os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).A contraproposta do Fórum ao governo é que a RGA seja paga de forma parcelada, retroativa a maio, que é data-base para o pagamento, e que todas as parcelas sejam pagas ainda em 2016.
"O que o governo nos apresentou está longe daquilo que a gente esperava. E ainda não será retroativo a maio", disse James Rachid Jaudy, do Fórum Sindical. Caso o governo aceite, a contraproposta será levada aos sindicatos para que possam decidir se as categorias vão recuar da greve.
Entre as categorias que devem parar as atividades nesta terça-feira estão a dos trabalhadores das escolas estaduais, a dos servidores penitenciários e a dos professores da Unemat (Universidade de Mato Grosso).
Outro lado
O governo afirma que a proposta feita aos servidores considera o atual cenário da economia nacional e que a União deve ao estado parcelas finais referentes ao FEX de 2015 e que ainda não recebeu nenhuma parcela deste ano.
Conforme o Poder Executivo estadual, o pagamento da RGA poderia atrasar os próximos salários dos servidores e que a recomposição teria impacto de R$ 628 milhões na folha salarial de 2016. O estado argumenta ainda que, por causa da crise econômica, 25 das 27 unidades federativas não pagaram a RGA neste ano.
Fonte:http://g1.globo.com/mato-grosso