Os servidores públicos da educação de Mato Grosso realizaram um ato nesta quarta-feira (10), em Cuiabá, parareivindicar o pagametno integral da reposição salarial referente ao ano de 2015. Com cartazes e bandeiras, os trabalhadores caminharam pelas ruas de Cuiabá e pararam em frente a sede da Secretaria Estadual de Educação (Seduc-MT). Segundo a Polícia Militar, cerca de 3 mil pessoas participaram do ato.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Henrique Lopes, a intenção dos profissionais, que estão em greve há 51 dias, é cobrar o pagamento integral da Revisão Geral Anual (RGA), fixada em 11,28%. Além disso, os trabalhadores revivindicam a suspensão das parceira Público-Privada.
“O governo deve acatar ou, pelo menos, se manifestar sobre a contraproposta feita pelo sindicato que tem em vista aumentar o poder de compra dos funcionários da educação”, disse Henrique Lopes.
Servidores carregaram cartazes e bandeira durante protesto (Foto: Gesseca Ronfim/TVCA)
O governo de Mato Grosso divulgou na segunda-feira (18) que assegurou reajuste de 14,36% para os trabalhadores da educação no ano de 2016. Esse percentual refere-se aos 7% previstos na lei de carreira e, os outros 7,36%, à Revisão Geral Anual (RGA), sancionada neste mês. Entretanto, o sindicato da categoria, o Sintep-MT, contesta o valor anunciado e diz que a reposição deste ano vai chegar a 9,36%.
O Sindicato que representa a categoria também reivindica a suspensão das PPP e a convocação de conferências para um debate com a sociedade sobre o assunto. De acordo com o sindicato, a proposta do governo desvaloriza as categorias dos profissionais da limpeza e segurança das escolas e interferem na gestão pedagógica escolar.
Menores em protestos
O presidente do Sintep-MT disse que a decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) em retirar todas as crianças e adolescentes, que porventura estiverem participando das manifestações, é absurda. A determinação foi do desembargador Sebastião de Moraes Filho, da Segunda Câmara Cível do TJMT, e prevê multa diária de R$ 15 mil caso seja descumprida.
“Não existe essa lógica de que estamos usando crianças e adolescentes como escudo", declarou o presidente do Sintep-MT. Lopes explicou ainda que a presença de crianças e adolescentes nas manifestações acontecem quando os estudantes, através das próprias organizações como a UNE e a Ubes, decidem por vontade própria participar das manifesftações.
O presidente da Associação Mato-grossense de Estudantes (AME), Juarez França, explicou que os estudantes não apoiam o Sintep, mas a luta dos profissionais da educação. Segundo ele, a decisão da Justiça é uma tentativa de desmobilizar o movimento.
Fonte:http://g1.globo.com/mato-grosso