O professor de biologia Mackson Alexandre, de 24 anos, sentiu no bolso a nova febre em relação ao fenômeno 'Pokémon Go'. O jovem resolveu contratar um plano de internet para o celular quatro vezes mais caro do que o plano que ele utilizava para conseguir capturar pokémons pelas ruas de Cuiabá. O jogo foi lançado no Brasil nesta quarta-feira (3).
Em entrevista aos G1 o professor disse que a franquia é sua paixão de adolescente e percebeu que seu pacote de dados não seria suficiente. "Vi que iria precisar de mais internet para conseguir jogar e não pensei duas vezes", contou.
O plano de internet móvel de Mackson saltou de R$ 30 mensais para R$ 120 por mês. Ele é professor de ensino médio e lida com jovens diariamente. Ele afirmou que baixou o jogo minutos depois do lançamento nesta quarta-feira e que não se surpreendeu ao chegar na escola e perceber que o assunto havia dominado as conversas.Na tarde desta quinta-feira (4) o docente foi ao o campus de Cuiabá da Universidade Federal de Mato (UFMT) para conseguir jogar. “Eu escolhi a UFMT por causa da segurança. Fui caminhando, capturando, pegando itens e nem vi o tempo passando. Nesse tempo consegui capturar mais de 25 bichos”, afirmou. O professor gastou cerca de quatro horas com o jogo.
Sobre o novo gasto que o jogo acabou lhe trazendo, Mackson disse não estar muito preocupado porque o preço se encaixa no seu orçamento. O que ele não soube dizer é a questão se a despesa a mais vai parar por aí.
Outros jogadores
O estudante de medicina veterinátia Luiz Felipe Souza de Lima chegou a perder a carteira enquanto percorria as ruas de Cuaibá para capturar pokémons. Segundo ele, em determinado momento do jogo, os pokémons apareceram em um ponto próximo ao local em que ele estava. Para não perder a oportunidade, ele correu, mas não notou que a bolsa estava aberta.
"Eu corri, só não vi que a bolsa estava aberta. Só fui notar muito tempo depois. A sorte foi que me devolveram depois", contou. Além de perder a carteira, o jovem relatou que quase caiu em uma vala enquanto procurava os pokémons.
Estudante perdeu carteira enquanto procurava pokémons em Cuiabá (Foto: Desirêe Galvão/G1)
A história do estudante com a franquia é antiga. "Eu era criança e brincava em ginásios imaginários. Desde que começaram a falar do jogo eu fiquei muito animado", contou. Ele ainda disse que está espantando com a quantidade de pessoas que estão à procura de pokémons. "Está todo mundo empenhado em ser um mestre pokémon. E esse é o meu objetivo de vida", completou.
Amizade
O estudante de química Paulo Willian Alvin, de 23 anos, saiu para procurar pokémons sozinho. No entanto quando chegou nas ruas, acabou fazendo amizades por causa do jogo. Nesta quinta-feira (4), ele fez dois novos amigos. Eles nunca haviam se encontrado antes, mas o jogo os aproximou. "Tem um mito que se você estiver em grupo jogando, os pokémons aparecem com mais frequência", disse.
Fonte:http://g1.globo.com/mato-grosso