A greve dos bancários completa duas semanas nesta terça-feira (20) sem previsão de terminar. O movimento iniciado no dia 6 de setembro pede reajuste salarial de 14,78% e melhorias nas condições de trabalho. Conforme dados divulgados nessa segunda-feira pelo sindicato da categoria em Mato Grosso (Seeb-MT), mais de 270 agências estão fechadas em mais de 100 municípios.
Em Mato Grosso, há 4 mil funcionários em mais de 300 agências. Conforme o sindicato, a categoria está mantendo 30% dos funcionários trabalhando a fim de não parar serviços considerados essenciais.Na manhã desta terça, os grevistas devem fazer uma manifestação em frente a uma agência bancária na Avenida Couto Magalhães, em Várzea Grande, na região metropolitana. A adesão dos trabalhadores à greve na cidade e em Cuiabá é de 100%, informou o sindicato.
“A greve continua por tempo indeterminado porque os banqueiros não chamaram para nenhuma negociação”, disse Alex Rodrigues, vice-presidente do Seeb-MT.
Em Mato Grosso, a Ordem dos Advogados do Brasil pediu que a Justiça Eleitoral tente negociar com os bancários porque a greve estaria atrapalhando a campanha deste ano. Com as agências fechadas, nem candidatos nem partidos têm conseguido receber doações e fazer os pagamentos de despesas dentro da legislação eleitoral, diz a OAB.
Reivindicações e negociação
Os bancários pedem piso salarial de R$ 3,9 mil, e vale-alimentação, refeição, auxílio-creche ou auxílio-babá de R$ 880 por mês para cada um. Querem ainda fim das metas abusivas, do assédio moral e das demissões, planos de cargos e carreiras para todos os bancários e prevenção contra assaltos e sequestros, entre outras reivindicações.
A categoria negou proposta dos bancos de 6,5% de reposição, porque entende que esse valor representa 68% da inflação, significando perda salarial de 2,80%.
Fonte:http://g1.globo.com/